Segurança Cibernética: a importância da arquitetura e padrões de redes
Você já se perguntou como os dispositivos e as aplicações que você usa se comunicam entre si? Além disso, como eles trocam dados e informações de forma rápida, confiável e segura? A resposta está na arquitetura e nos padrões de redes de computadores, que são elementos fundamentais para a conectividade e a comunicação no espaço digital.
Neste artigo, vamos explicar o que são arquitetura e padrões de rede de computadores. Além disso, discutiremos por que eles são importantes para a segurança cibernética nas organizações. Finalmente, abordaremos os principais desafios e recomendações para garantir a proteção dos sistemas e dos dados contra ataques maliciosos.
O que é arquitetura de rede?
A arquitetura de rede é a forma como os dispositivos e os serviços de rede são estruturados e integrados para atender às necessidades de conectividade e comunicação dos usuários e das aplicações. Ela envolve aspectos como:
- Topologia: o arranjo físico e lógico dos dispositivos na rede, como estrela, anel, barramento, malha, árvore etc;
- Modelo: o conjunto de camadas ou níveis que definem as funções e os serviços de cada parte da rede, como o modelo OSI (Open Systems Interconnection) ou o modelo TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol);
- Protocolo: o conjunto de regras e formatos que determinam como os dispositivos se identificam, se endereçam, se sincronizam e se transmitem dados na rede, como o HTTP (Hypertext Transfer Protocol), o FTP (File Transfer Protocol), o SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) etc;
- Tecnologia: o tipo de meio físico ou sem fio que permite a transmissão dos dados na rede, como cabo coaxial, par trançado, fibra óptica, rádio-frequência, infravermelho etc.
A escolha da arquitetura de rede depende de vários fatores, como o tamanho, o custo, o desempenho, a confiabilidade, a escalabilidade e a segurança da rede.
O que são padrões de rede?
Os padrões de rede estabelecem os requisitos mínimos para o funcionamento da arquitetura de rede. Eles garantem a interoperabilidade, a compatibilidade e a qualidade dos serviços e dispositivos na rede.
Entidades nacionais ou internacionais definem esses padrões de rede. Essas entidades representam os interesses dos fabricantes, dos usuários e dos governos. Portanto, alguns exemplos de entidades que definem padrões de rede são:
- ISO (International Organization for Standardization): responsável pelo modelo OSI e por vários outros padrões relacionados à qualidade, à segurança e à gestão da informação;
- IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers): responsável pelos padrões das tecnologias Ethernet (IEEE 802.3), Wi-Fi (IEEE 802.11), Bluetooth (IEEE 802.15) etc;
- IETF (Internet Engineering Task Force): responsável pelos padrões dos protocolos TCP/IP, HTTP, FTP etc;
- ITU (International Telecommunication Union): responsável pelos padrões das tecnologias telefônicas, móveis e via satélite.
Os padrões de rede são classificados em três categorias:
- Padrões oficiais: aqueles que são reconhecidos por uma autoridade legal ou regulatória;
- Padrões de fato: aqueles que são amplamente adotados pelo mercado, mas não são obrigatórios;
- Padrões proprietários: aqueles que são desenvolvidos e controlados por uma empresa ou organização específica.
Por que a arquitetura e os padrões de rede são importantes para a segurança cibernética?
A arquitetura e os padrões de rede são essenciais para a segurança cibernética porque permitem:
- Definir os requisitos de segurança para cada camada, serviço e dispositivo da rede, como autenticação, criptografia, firewall, antivírus etc;
- Implementar as medidas de segurança de forma padronizada, consistente e eficiente em toda a rede, evitando falhas, vulnerabilidades e inconsistências;
- Monitorar e auditar o comportamento e o desempenho da rede, identificando e corrigindo anomalias, incidentes e violações;
- Garantir a conformidade com as normas, as leis e as regulamentações aplicáveis à segurança da informação, como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais).
Quais são os desafios e as recomendações para a segurança cibernética nas organizações?
As organizações enfrentam diversos desafios para garantir a segurança cibernética nas suas redes, como:
- Aumento da complexidade e da diversidade das redes, que envolvem diferentes arquiteturas, padrões, tecnologias, dispositivos e aplicações.
- Aumento da quantidade e da sofisticação dos ataques cibernéticos, que exploram as vulnerabilidades das redes para roubar, alterar ou destruir dados e informações sensíveis.
- Aumento das exigências e das responsabilidades das organizações em relação à proteção dos dados e das informações dos seus clientes, parceiros e fornecedores.
Para enfrentar esses desafios, as organizações devem adotar as seguintes recomendações:
- Primeiramente, defina uma política de segurança da informação que estabeleça os objetivos, as diretrizes e as responsabilidades da organização em relação à segurança cibernética.
- Em seguida, escolha uma arquitetura de rede adequada às necessidades e aos recursos da organização, considerando os aspectos de desempenho, confiabilidade, escalabilidade e segurança.
- Além disso, siga os padrões de rede mais adequados à arquitetura escolhida, preferindo os padrões oficiais ou de fato aos padrões proprietários.
- Implemente as medidas de segurança necessárias para cada camada, serviço e dispositivo da rede, utilizando ferramentas adequadas e atualizadas.
- Capacite os colaboradores da organização sobre os conceitos e as práticas de segurança cibernética, conscientizando-os sobre os riscos e as responsabilidades envolvidos.
- Finalmente, monitore e audite constantemente a rede, utilizando indicadores e relatórios que permitam avaliar o nível de segurança e identificar possíveis melhorias.
Conclusão
Concluindo, a arquitetura e os padrões de redes de computadores são fundamentais para a segurança cibernética nas organizações. Eles permitem que as empresas definam, implementem, monitorem e auditem as medidas de proteção dos sistemas e dos dados contra ataques maliciosos no espaço digital. Portanto, as organizações devem escolher uma arquitetura adequada às suas necessidades e seguir os padrões mais apropriados.
Além disso, é crucial capacitar os colaboradores sobre os conceitos e as práticas de segurança cibernética. As empresas também devem cumprir as normas, as leis e as regulamentações aplicáveis à segurança da informação. Dessa forma, garantem uma proteção robusta e eficaz contra ameaças cibernéticas.
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Bernard Colen, Analista de Comunicação.
“Microhard 31 anos – Cada vez mais próxima para proteger a sua Informação!”