Os riscos de cibersegurança nas smart cities
O termo smart cities não é novidade. Desde meados dos anos 2000 ele vem sendo utilizado para se referir às cidades inteligentes, conceito baseado em inovações tecnológicas que tornam os municípios otimizados, possibilitando maior eficiência energética, promoção da qualidade de vida e a preocupação com a sustentabilidade ambiental.
Por trazerem soluções que, de fato, melhoram o dia a dia das pessoas, os gestores não podem deixar de lado a preocupação com a segurança cibernética, pois, à medida que novas tecnologias são aplicadas, novos vetores de ataque também surgem e se multiplicam.
As ameaças são reais. Tendo em mente que as cidades inteligentes representam uma indústria em expansão, abordaremos, em nosso artigo, os riscos de cibersegurança nas smart cities e como você, como gestor, deve se prevenir. Continue a leitura para entender a relevância do tema.
Quais são os riscos que envolvem as cidades inteligentes?
O futuro já começou. Muitas tecnologias de cidades inteligentes já estão sendo implementadas, por exemplo em Londres, Zurique e até mesmo em São Paulo, e gestores e cidadãos já se beneficiam de suas facilidades.
Mas, infelizmente, nem tudo é só otimismo. Para todos os possíveis benefícios, essas inovações tecnológicas não ocorrem sem riscos. Quanto mais as cidades dependem da tecnologia, mais vulneráveis se tornam. E, nesse cenário, é fundamental que a administração e órgãos públicos tenham uma maior compreensão tanto sobre os benefícios quanto sobre as medidas preventivas contra ataques, permitindo, assim, traçar o melhor caminho a seguir.
Ao passo em que os governos implementam tecnologias inteligentes, mudanças de infraestrutura, aplicação de projetos de segurança eficazes e planejamento de curto a longo prazo os ajudarão a gerenciar os riscos e proteger os cidadãos.
A conta é simples: quanto mais conectado, mais suscetível a ciberataques, pois cada equipamento habilitado para internet representa um ponto de entrada potencial para cibercriminosos, tornando as cidades alvos fáceis e fazendo dos ataques cibernéticos uma das maiores ameaças para essa nova realidade. Por isso, é fundamental que o cuidado com as vulnerabilidades dessas tecnologias seja redobrado. Ainda mais ao considerarmos que, os princípios básicos das smart cities são a segurança, saúde, educação, meio ambiente e infraestrutura urbana.
Além dos ciberataques, a privacidade e transparência, também são questões sensíveis e que exigem práticas e metodologias consistentes para lidar com os dados pessoais. Sendo um protocolo fundamental na condução de políticas de impacto da privacidade dos cidadãos dessas cidades. Afinal, a privacidade e a proteção de dados são, frequentemente, as maiores preocupações do público.
O que são as smart cities?
As smart cities, também conhecidas como cidades inteligentes, utilizam a tecnologia para gerar eficiência nas operações urbanas de maneira automatizada e mais sustentável, mantendo o desenvolvimento econômico ao mesmo tempo em que melhoram a qualidade de vida da população.
Esses modelos de cidade fazem uso da tecnologia em seu processo de planejamento com a participação dos cidadãos, focando na eficiência energética, promoção da qualidade de vida e a preocupação com sustentabilidade ambiental, social e econômica. Segundo o European Smart City Model – Modelo Europeu de Cidade Inteligente – , as smart cities são sistemas de pessoas interagindo e usando energia, materiais, serviços e financiamento para catalisar o desenvolvimento econômico e a melhoria da qualidade de vida.
De acordo com o Cities in Motion, elaborado pelo IESE Business School (Universidade de Navarra, Espanha), nove dimensões indicam o nível de inteligência urbana. São eles:
1 – Capital humano
Essa dimensão inclui a capacidade da cidade em atrair e reter talentos, por meio da melhoria da educação, promovendo a criatividade e a pesquisa, por meio de estratégias para o desenvolvimento pessoal e profissional dos moradores, com foco na promoção de educação de qualidade e repertório científico e cultural.
Dentre os indicadores analisados estão: museus e galerias, teatros, universidades, escolas de negócios e de ensino superior, movimento de estudantes, despesas com lazer e recreação.
2 – Coesão social
Diz respeito ao senso de “pertencimento” da população, proporcionado por iniciativas como o desenvolvimento comunitário, a acessibilidade e o combate ao preconceito.
Essa dimensão diz respeito ao nível de convivência entre grupos de pessoas com diferentes rendimentos, culturas, idades e profissões que vivem em uma cidade.
Os indicadores analisados são: mortalidade, saúde, desemprego, hospitais, Índice Gini (que mede o grau de concentração de renda em determinado grupo), trabalhadoras femininas, índice global da paz, homicídios, suicídios, terrorismo, resposta do governo a situações de escravidão, entre outros.
3 – Economia
Trata-se das ações de incentivo à economia local, de desenvolvimento econômico das cidades, criação de planos industriais estratégicos e estímulo ao empreendedorismo.
A dimensão inclui indicadores como: tempo necessário e facilidade para abrir um negócio, salário, poder de compra, entre outros indicadores.
4 – Governança
Esse indicador mede a eficácia da intervenção estatal na cidade, observando como se dá a gestão de recursos, a transparência e a ética governamental.
5 – Meio ambiente
A responsabilidade ambiental é um dos pilares das smart cities. Portanto, são valorizadas iniciativas que ajudam a conter problemas ambientais e a garantir a sustentabilidade no uso de recursos.
Essa dimensão trata de fatores como a melhoria da sustentabilidade ambiental por meio de planos antipoluição, o apoio a edifícios verdes e energia alternativa, a gestão eficiente das águas e dos resíduos e a existência de políticas que ajudem a combater os efeitos das alterações climáticas.
6 – Mobilidade
Esta dimensão é uma das principais para as cidades inteligentes, pois, a mobilidade urbana eficiente e bem planejada otimiza a qualidade de vida da população, além de se relacionar com as preocupações com o meio ambiente.
Ela trata da infraestrutura rodoviária, frota de veículos e transporte público, do transporte aéreo, mas, também, como eles afetam a qualidade de vida dos habitantes.
Os indicadores incluem: número de bicicletas compartilhadas, estações de metrô, voos, veículos, porcentagem de bicicleta por residência, tráfego, índice de tráfego para deslocamento para o trabalho, entre outros.
7 – Planejamento urbano
Essa dimensão trata de estratégias para um planejamento urbano sustentável das cidades, levando em consideração a qualidade de vida da população.
Os indicadores são: aluguel de bicicletas, construções, número de pessoas por residência, porcentagem da população com saneamento básico adequado, edifícios de arranha-céus, soluções para a conectividade e autossuficiência dos bairros, planejamento de infraestrutura, sistema de gestão de resíduos e distribuição de energia, entre outros;
8 – Reconhecimento internacional
Essa dimensão se descreve como o impacto global que a cidade desenvolve, por meio da melhoria da marca do município e seu reconhecimento internacional através de planos estratégicos de turismo, atração de investimentos estrangeiros e infraestrutura para a promoção do alcance internacional da cidade.
Os indicadores incluem desde números de conferências e eventos a número de voos e de passageiros.
9 – Tecnologia
Essa é a principal dimensão das smart cities e se baseia no desenvolvimento tecnológico de uma cidade e como ela proporciona soluções para sustentabilidade, segurança pública, desenvolvimento humano etc.
Os indicadores incluem: computadores, internet, telefonia, telefonia móvel, assinaturas de banda larga, assinaturas de telefone fixo e celulares.
Os benefícios das smart cities
Para que uma cidade seja considerada, de fato, inteligente, é preciso que haja uma conexão entre as várias iniciativas tecnológicas, resultando em eficiência no uso dos recursos, da mobilidade e serviços. Assim como o ambiente, a economia e a sociedade devem estar interligadas e coexistirem, criando um ecossistema unificado.
As smart cities se diferenciam pela maneira como respondem aos conflitos urbanos, sendo mais eficientes em seus processos e, consequentemente, proporcionando um ambiente com maior bem-estar social.
As cidades inteligentes buscam a tecnologia para solucionar suas demandas e conflitos mais latentes, com a utilização da IoT (Internet das Coisas) e big data, que estimulam a conversão de dados de diversas áreas municipais, como saúde, educação, segurança, lazer, meio ambiente etc.
A obtenção e a análise de dados possibilitam tomadas de decisão mais claras sobre os desafios urbanos e geram indicadores de desempenho para a avaliação dessa inteligência de arquitetura urbana, que alia hardware e software a todas as tecnologias construtivas, ambientais e sustentáveis.
Entre os benefícios que as cidades inteligentes proporcionam, podemos destacar:
- Aprimoramento dos serviços de transporte e desenvolvimento de novos modelos;
- Aumento na eficiência do uso de recursos naturais, como água, petróleo, carvão mineral, entre outros;
- Implementação de tecnologias em ambientes escolares, com acesso facilitado;
- Melhoria nos meios de comunicação;
- Obtenção e integração de informações;
- Otimização de recursos públicos;
- Otimização da alocação de recursos e ajuda na redução de gastos desnecessários;
- Redução do uso de papéis, já que o arquivamento de documentos é feito principalmente de forma digital;
- Serviços de emergência mais eficazes e organizados.
As vantagens da segurança cibernética em nuvem
Para deixar as smart cities menos suscetíveis a ciberataques, uma solução é investir na nuvem, pois, com ela, a flexibilidade de armazenamento e o poder da computação permitem novas maneiras de proteger as organizações, tanto privadas quanto públicas.
Esse ambiente remoto traz vantagens específicas de cibersegurança, além de serem mais viáveis. Isso inclui resguardar a segurança e a privacidade de dados em infraestrutura, aplicativos e plataformas on-line.
Os provedores de nuvem hospedam serviços em servidores através de conexões de internet sempre disponíveis, mantendo dados armazenados de forma segura e privada. Na sua base, a segurança da nuvem é composta das seguintes categorias:
- Compliance jurídico;
- Gerenciamento de acesso e identidade (IAM);
- Governança (políticas sobre prevenção de ameaças, detecção e mitigação);
- Retenção de dados (DR) e planejamento de continuidade de negócios (BC);
- Segurança de dados.
Sendo que o escopo completo da cibersegurança da nuvem foi projetado para proteger os seguintes pontos, quaisquer que sejam as suas responsabilidades:
- Aplicativos: serviços de software tradicionais (e-mail, software tributário, conjuntos de produtividade etc.);
- Ambientes de tempo de execução: execução e manutenção de um programa em operação;
- Armazenamento de dados: discos rígidos etc;
- Dados: todas as informações armazenadas, modificadas e acessadas;
- Estruturas de virtualização de computador: software de máquina virtual, máquinas de host e máquinas de convidados;
- Hardware de usuário final: computadores, dispositivos móveis, dispositivos da Internet das Coisas (IoT);
- Middleware: gestão de interface de programação de aplicativos (API);
- Redes físicas: roteadores, energia elétrica, cabeamento, controles de climatização etc;
- Servidores de dados: hardware e software de computação de rede essencial;
- Sistemas operacionais (OS): software que oferece suporte para todas as funções do computador.
As melhores soluções disponíveis no mercado para conter os ciberataques são satisfatórias para solucionar os principais problemas, além da necessidade de se ter profissionais cada vez mais qualificados em cibersegurança.
Como a Microhard pode ajudar a sua empresa
Há maneiras específicas para gerenciar riscos, tanto para empresas, quanto no caso das smart cities, de modo a prevenir erros e ameaças. Mas, é preciso ter uma segurança digital muito bem estruturada e abrangente em toda a operação.
Para isso, é fundamental realizar alguns procedimentos para identificar ameaças e vulnerabilidades de segurança. Entre eles está o mapeamento dos processos digitais, determinando a forma mais eficaz para operar. Além disso, o armazenamento de dados, senhas e arquivos precisam ser protegidos e mantidos fora do alcance dos cibercriminosos.
Para prevenir ataques cibernéticos e gerenciar riscos, é necessário implementar mecanismos de segurança digital. E nós, da Microhard, podemos ajudar você! Estamos há três décadas atuando com Tecnologia da Informação, dispondo das mais renomadas soluções tecnológicas que garantem e implementam a segurança digital.
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